terça-feira, 6 de maio de 2008

O teste da cadeira.

Ultimamente parei de postar auto-posts. Então hoje vou inventar uma história.

Imaginem que uma mulher como qualquer uma de vocês, que aos 21 anos amava sex and the city e a cada dia se incomoda mais com a identificação constatada entre ela e aquelas trintonas sem namorado, tem uma sala de estar/jantar/estudar.

Nesta sala, habitam quatro cadeiras dobráveis bem simpáticas, feitas de barras de PVC colorido presos por rebites numa armação de metal. Nem confortáveis demais, nem peças de design, só a simpatia ordinária esperada das peças a la Etna ou Tok Stok.

Uma das quatro cadeiras de ano em ano insiste em soltar os rebites desmantelando-se. A dona das cadeiras sempre leva de volta pra loja para consertar,afinal cadeira custa caro e eles sempre arrumam mesmo.

Acontece às vezes da dona da cadeira esquecer de levar pra consertar. Então o namorado do momento, buscando ser bem intencionado, resolve arrumar a tal da cadeira. Aí que vem o teste da cadeira.

Bom, a princípio, todos são bem intencionados. A diferença é como a boa intenção se manifesta, aí o segredo do teste.

Na minha história que eu inventei agorinha, o primeiro,tentou tirar os rebites na mão com chave-de-fenda. Sei disso pelas marcas ao redor do rebite marcando o plástico. Deve ter passado uma hora cutucando. Fico imaginando como ele ia colocar de volta sem rebitadeira. Depois, animado com a idéia de ganhar pontos com a dona da cadeira ele resolveu pregar com um tubo de pra-quê-prego. Nem pra perguntar pra dona se aquela cola que ela comprou por curiosidade na loja de materias de construção prestava. Bom, as barras não grudaram, o metal ficou arranhado e cheio de casquinhas de cola e como resultado, ficou muito pior do que antes. Depois que ele viu que não ia dar, desencanou da cadeira e passou fingiu não perceber que ele piorou a situação.

O outro foi mega funcional. Cadeira serve pra sentar. Pegou um rolo adesivo de fita isolante preta e sem se fazer de rogado amarrou ao redor das barrinhas em formato de X - mais pragmático impossível. É. Objetivo, de fato. Assinalou 6 X enormes no meio da minha sala que eram impossíveis de ignorar.

Deu uma semana ela arrancou as fitas isolantes, pôs as cadeiras no carro e levou pra loja pra rebitar de novo. O resultado do teste da cadeira está sob avaliação.

2 comentários:

Gigi disse...

Seria uma versão evoluída do teste do sofá??

Camila Munari Magnus disse...

hahahahaha boa, Gica.
existe diferença de manifestaçao de boa vontade no teste do sofá tb?
(to achando que eu to no WO neste momento, né?!)