quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Israel: por que é tão difícil viver em paz na terra santa?

Eu sempre tive muita curiosidade em relação a Israel. Ouvindo as aulas de história e lendo as notícias sangrentas dos jornais não conseguia entender: como é que a situação chegou a este ponto? E por que é tão difícil viver em paz?

Depois de visitar Israel, as coisas começaram a se esclarecer um pouco. O problema todo começou muito, muito tempo atrás..

O território onde hoje está Israel foi invadido quinze vezes nos últimos 5.000 anos: egípcios, assírios, babilônios, persas, macedônios, romanos, bizantinos, sacios, califados, sejuks, cruzadas, salandins, mongóis, otomanos e europeus – todos conquistaram e perderam esta terra tão cobiçada.

Mas por que todos queriam dominar este pedaço de terra?? Bom, as três maiores razões para as invasões foram: localização, localização e localização. Este "pedaço de terra" conectava a Mesopotâmia ao Egito. Se os invasores quisessem crescer sua área de dominação, ou controlar o comercio entre Egito e Mesopotâmia, eles precisariam primeiro controlar a terra de Israel.

Com as invasões, os judeus foram escravizados e muitas vezes vendidos por toda a extensão do império. Outras vezes foram expulsos de lá. Como resultado, acabaram espalhados pelo mundo, sem uma terra própria, no processo que conhecemos como diáspora. Eles se estabeleceram em outros países, mas muitos foram mais tarde expulsos, perseguidos e assassinados (o holocausto é apenas o exemplo mais trágico do que passaram).

Isto foi ate a criação do estado de Israel em 1948. O problema é que, quando foi criado, já havia pessoas habitando aquele território: os muçulmanos. Eles vieram junto com os invasores e já viviam lá há séculos. Portanto, não poderiam ser expulsos de lá, já que o local era também deles agora.

Para dificultar toda a situação, Jerusalém não é sagrada apenas para os judeus. O livro do gênesis diz que Deus disse para Abraão: “Vá a terra que eu vou te mostrar”. Judaísmo, cristianismo e islamismo tem Abraão como progenitor do seus livros sagrados.

Então os muçulmanos não podiam aceitar o fato da Inglaterra ter dado aquela terra aos judeus, e começaram a lutar e explodir bombas. Os judeus, para evitarem as bombas, construíram um muro separando a margem oeste do rio de Jerusalém (West Bank Wall) e aumentando a segurança pública e privada. Isto foi bom para a segurança, mas significa que alguns muçulmanos estão agora vivendo em uma prisão a céu aberto.

Hoje em dia, os muçulmanos vivendo em Jerusalém sentem que os judeus os estão expulsando pouco a pouco, ao darem os melhores trabalhos a judeus mesmo quando os muçulmanos são tão bem qualificados quanto eles para o trabalho. "Há uma discriminação racial e religiosa em Jerusalém: judeus viram chefes; muçulmanos, trabalham na limpeza e como taxistas, mesmo depois de formados" disse um taxista muçulmano, "e como a preço do aluguel está aumentando, os muçulmanos não conseguem pagar e acabam saindo de Jerusalém. Mas se você sai, você perde o direito de morar em Jerusalém e não pode mais voltar”.

É fácil perceber como a divisão de trabalhos é desigual. O difícil é saber qual a verdadeira razão: Será que os muçulmanos são tão bem preparados quanto os judeus? Será que os judeus não são mais trabalhadores? Será que os judeus são tão unidos como grupo depois de tudo que sofreram que acabam dando emprego a outro judeu como se estivesse ajudando um ente familiar? Ou será que eles não confiam nos muçulmanos depois de tanta luta e tantas bombas?

É difícil escolher um lado, já que ambos estão certos. Tudo que estão fazendo é tentando ficar perto do seu deus (e das portas do paraíso) e garantir que seus filhos e netos tenham um pedaço de terra que possam chamar de casa.

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P.S: Check it out: http://www.mapsofwar.com/ind/imperial-history.html

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Eleição - algumas fotos







Imaginem essas cenas com milhares de pessoas gritando "yes, we can" e O-BA-MA

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Live from Boston: YES WE CAN!

YES WE CAN!

As 11 da noite, a cidade explodiu em gritos. YES WE CAN!

O primeiro presidente negro dos EUA acabou de ser eleito - algo impensável em uma sociedade composta por Joe The Plumbers e Hockey-Moms. Mas os EUA não são apenas isso - os EUA são o país da mudança e da diversidade. Era só olhar a multidão que se aglomerava em Chicago - cores, idades, religiões, etnias.

Os EUA da diversidade, do diálogo, dos movimentos civis venceu. E isso é uma boa notícia para o mundo.

E com certeza foi uma das festas mais emocionantes que eu presenciei na vida.

O contraste disso foi o discurso sóbrio de Obama - apesar da vitória, ele sabe da responsabilidade e da expectativa que pesam sobre ele. A eleição não é mudança, ela é a oportunidade de mudar. Um presidente sóbrio, aberto ao diálogo e carismático. E o primeiro presidente a vencer a barreira racial nos EUA.

Em todo o país, não só aqui, as pessoas saíram pelas ruas gritando e comemorando ofato de poderem ter orgulho de novo do país. E eu, que nem americana sou, estou rouca de tanto gritar.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O que eu farei essa noite...



Ficarei contando colégios eleitorais azuis!

Fazendo as unhas em casa!

No salão:
15,00.
Se tenho 10 dedos, 1,50 por dedo.
Um ou dois dedos machucados.
A unha descasca depois de 4 dias.
40 minutos.

Em casa:
40,00 no potinho de esmalte da MAC, pq com os outros é impossível auto-pintar a unha. Deve durar umas 30 pintadas de unha?
Unha 70% boa, comparada com a da manicure.
2 horas e meia de trabalho.
Nenhuma dedo machucado, mas todos com cutícula.
Notebook banhado pela acetona.
Mesa manchada pela acetona que caiu quando vc virava pra pegar mais algodão.

Bah.
Eu vou pagar manicure!!!!!!

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Geek e Fashion



Ai, a Mi surtou, agora deu pra publicar foto de bolsa no blog do Women Only.

Ok, Na verdade, isso aqui é um protesto.

Porque eu vou trabalhar com meu notebook numa case preta de neoprene dentro uma sacolinha xumbrega da Adidas, pra fugir da mochila preta com o logo da IBM estampado, ou da malinha de arrastar (essa não, pelamor!) ou daquela pasta horrível de notebook que parece falar "Assaltem-me". Até tentei uma colorida Ecobag recentemente, mas ecobag não aguenta peso de Notebook e voltei pra xumbreguinha-velha-de-guerra-que-nunca-combina-com-minha-roupa. Fazer o quê, ossos do ofício.

Fico revoltada com a feiúra das pastas de Notebook quando tento comprar uma. Lendo meus feeds, descobri esse site, feito por uma mulher para mulheres, contendo todas essas fofuras aí de baixo que são feitas especialmente para???

Carregar seu notebook!!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A melhor invenção tecnológica do ano!

Google lança serviço para ajudar internauta bêbado

O serviço de e-mails do Google (Gmail) anunciou na segunda-feira (6) um novo aplicativo, voltado para internautas que têm bebido além da conta. A ferramenta vai funcionar como um filtro para cancelar mensagens que não deveriam chegar ao destinatário.

De acordo com o blog oficial do Gmail, o Mail Goggles é acionado nos finais de semana, durante a noite.

Após escrever a mensagem, o sistema pede para que se resolvam alguns problemas matemáticos. Se conseguir completar o teste, o Google entende que a pessoa está sóbria o suficiente e manda a mensagem.

A idéia do serviço partiu de Jon Perlow, um engenheiro do Gmail que passou da conta em alguns finais de semana e diz ter enviado mensagens das quais não se orgulha.

"Algumas vezes eu mandava mensagens que não devia. Como uma vez que eu disse em um e-mail que gostava de uma garota. Ou então quando enviei uma mensagem para minha ex-namorada dizendo que deveríamos voltar", disse Perlow.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

30/40 ou managing your expectations

Depois de penar um bom bocado para aprender o mínimo de micro-economia aceitável pelo Mas-Collel, de passar pela frustração de não entender uma palavra de descrição de Hicksian Demand e equação de Slutsky, de aceitar que eu sou analfabeta em matematiquês, eu tive minha primeira prova de Micro. 

E eu tirei 30/40. 

E eu estou entre os top 40% da classe, apesar de não ser economista.

Minha primeira reação foi alívio por estar acima da média da classe. Mas logo em seguida, eu obviamente comecei a achar que eu deveria ter ido melhor, que top 40% não é suficiente - mesmo na matéria que eu tenho mais dificuldade.

Uma das primeiras coisas que a diretora do programa falou foi exatamente isso. Todos meus colegas de sala estão acostumados a serem os alunos inteligentes da sala deles. E que estar na média em Harvard já é fantástico.

Por mais que eu queira acreditar nisso, eu ainda espero ser a aluna inteligente e não estar na média. Justo eu que ODEIO a média e a vida sem extremos...

Em outras palavras - I'm back in school!!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Consicentizando-se do valor do dinheiro.

Ou, como usar seu lado fútil ao seu favor.

Este post é pra compartilhar minha nova unidade de medida de valor. É fútil, mas tem funcionado. E condenem-me ou não, duvido que mulheres do mundo não se dêem agradinhos de vez em quando, tal como comprar sapatos e depois fingir que não compraram para aliviar a culpa.

O fato é que..roubaram meu carro e ele não tinha seguro.
Não estou receptiva à broncas, pulemos esta etapa. Era um carrinho que andava, assim, eu não gostava tanto dele...embora agora, em tempos de Localiza, ele faça falta.

A minha primeira reação foi dar risada. O carro estava lá quando eu o estacionei e na volta, tinha outro carro no lugar. Pegadinha? Piada? Os ETs agora abduzem automóveis? Enquanto meu acompanhante, ciente do meu esquecimento, questionava, insistentemente: "Mas tem certeza que vc parou o carro aqui???" (É o preço que se paga por ter fama de esquecida.)

A segunda reação, foi contabilizar o prejuízo. Descontado o seguro e a franquia de seguro que eu teria pago, reavido o IPVA pago, a conta bateu em 8000 reais. Droga, se foi salário e pouco voando pela janela. O que eu podia ter feito com tal soma?? Viajaria pra onde? Quantos jantares eu comeria feliz?

Aí, me veio a cabeça o fato de que eu tenho uns 50 pares de sapatos. Cada par de sapato, 200 reais - num preço beeem fair, de tal maneira que meu carro valia 40 pares de sapatos. Se o preço do sapato sobe, digamos que, em época de lançamento de coleção de verão, cada par sai uns 300 reais? Daí são menos sapatos. 26,6 pares de sapatos.
Isso falando de Arezzo, Shoestock, né? Se fosse um Jimmy Choo meu pobre carro valeria meia dezena de sapatos.

E aí começou a obsessão. Meu aluguel são 5 pares de sapatos. Poupo 2 pares de sapatos, gasto meio par de sapato por jantar. Show da Madonna = 1 sapato.

Bedito vício necessário e maldita consciência financeira. Vou comprar menos sapatos. Hunf.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

I´m not Michael Phelps!

http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/olympics/7569430.stm

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Indios, women only e MBA.

Hoje lendo um dos meus feeds eu descobri um novo serviço da Google bem bacana, o Insights. Gastei um tempinho brincando com a ferramenta, vou compartilhar com vcs!

Funciona assim: Vc faz uma busca e o Google te dá a distribuição percentual normalizada das buscas realizadas para as dimensões tempo (desde 2004!) e país. Seguem os resultados das minhas buscas e minhas conclusões.

Pro termo "índio": Palavra escolhida aleatoriamente pro meu primeiro teste. Ficou bem claro que todas as crianças do Brasil recorrem desesperadamente ao Google na época em que precisam fazer trabalhos escolares do dia do Índio.

Tentei um termo mais interessante, do tipo "women only". E o termo que pra gente é sinônimo de diversão e bons momentos teve mais buscas relacionadas no Paquistão (tapa nas minhas expectativas né!!??)com as mulheres mulçumanas buscando encontrar algum espaço por lá.

Busquei um termo mais universal, que fosse igual em qualquer idioma do mundo. MBA!!!
Bom, se a Índia é 100% nas buscas, o Brasil é 4%. É, Gi, acho que vc deve encontrar muito mais indianos bacanas além da moça mega interessante-e-inteligente (o que toda mulher inteligente de verdade quer ser) de Princenton e Bollywood.

O próximo termo foi IBM. China e Índia na cabeça. Bom, onde tem mais internautas tem mais buscas? Fui lá pro Help do Insight. Nem. O índice buscas do termo IBM / buscas de qualquer outro termo nestes países é bem maior que no Brasil mesmo.

Anthropology escrito assim, com h, deu Nepal e Etiópia. Se escrever Antropology deu Filipinas. Xis. Pra stress, o ranking virou Zimbabue e Uganda. (Será que a ferramenta puxa o saco da África?)

Bom, divirtam-se. Como eu disse lá em cima, foi só um post pra compartilhar meia hora de diversão.

Ah, tinha esquecido do link.
http://www.google.com/insights/search/#

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A curiosidade matou a mulher

Terça fui ver a ópera "O castelo do Barba Azul" no Municipal.
O libreto é inspirado no conto de Charles Perrault, sobre uma donzela que aceita casar-se com um nobre misterioso - o Barba Azul - contra a vontade da família dela.

Ao chegar no castelo do Barba Azul, Judit (a donzela) tem a primeira reação feminina - redecorar.

"Ai, a casa está muito escura e úmida - vamos mudar o castelo"

Barba Azul demonstra uma certa resistência, mas acaba cedendo aos apelos da esposa. E aí começa o drama.

Dona Judit resolve abrir as portas trancadas na casa do marido. E mesmo encontrando coisas assobradoras (sala de tortura, sala de guerra) continua querendo abrir TODAS as portas, não pode ter nenhuma fechada. Sabe aquela coisa feminina de falar inúmeras vezes o "conta tudo" ou "mas o que você está pensando agora?" e o "mas você gostava mais dela do que de mim?" ou o clássico "e ela era bonita?" ou "você está com uma cara estranha... o que você tem?"?? Sim, imagine isso com portas trancadas em uma ópera.

No final, a Judit acaba trancada em uma sala com as outras 4 esposas do Barba Azul.

A moral da ópera é: a curiosidade (e o hábito de redecorar) trancou a mulher em uma sala escura com um marido psicopate e poligâmico.

terça-feira, 6 de maio de 2008

O teste da cadeira.

Ultimamente parei de postar auto-posts. Então hoje vou inventar uma história.

Imaginem que uma mulher como qualquer uma de vocês, que aos 21 anos amava sex and the city e a cada dia se incomoda mais com a identificação constatada entre ela e aquelas trintonas sem namorado, tem uma sala de estar/jantar/estudar.

Nesta sala, habitam quatro cadeiras dobráveis bem simpáticas, feitas de barras de PVC colorido presos por rebites numa armação de metal. Nem confortáveis demais, nem peças de design, só a simpatia ordinária esperada das peças a la Etna ou Tok Stok.

Uma das quatro cadeiras de ano em ano insiste em soltar os rebites desmantelando-se. A dona das cadeiras sempre leva de volta pra loja para consertar,afinal cadeira custa caro e eles sempre arrumam mesmo.

Acontece às vezes da dona da cadeira esquecer de levar pra consertar. Então o namorado do momento, buscando ser bem intencionado, resolve arrumar a tal da cadeira. Aí que vem o teste da cadeira.

Bom, a princípio, todos são bem intencionados. A diferença é como a boa intenção se manifesta, aí o segredo do teste.

Na minha história que eu inventei agorinha, o primeiro,tentou tirar os rebites na mão com chave-de-fenda. Sei disso pelas marcas ao redor do rebite marcando o plástico. Deve ter passado uma hora cutucando. Fico imaginando como ele ia colocar de volta sem rebitadeira. Depois, animado com a idéia de ganhar pontos com a dona da cadeira ele resolveu pregar com um tubo de pra-quê-prego. Nem pra perguntar pra dona se aquela cola que ela comprou por curiosidade na loja de materias de construção prestava. Bom, as barras não grudaram, o metal ficou arranhado e cheio de casquinhas de cola e como resultado, ficou muito pior do que antes. Depois que ele viu que não ia dar, desencanou da cadeira e passou fingiu não perceber que ele piorou a situação.

O outro foi mega funcional. Cadeira serve pra sentar. Pegou um rolo adesivo de fita isolante preta e sem se fazer de rogado amarrou ao redor das barrinhas em formato de X - mais pragmático impossível. É. Objetivo, de fato. Assinalou 6 X enormes no meio da minha sala que eram impossíveis de ignorar.

Deu uma semana ela arrancou as fitas isolantes, pôs as cadeiras no carro e levou pra loja pra rebitar de novo. O resultado do teste da cadeira está sob avaliação.

quinta-feira, 27 de março de 2008

The book is on the table!


Sarkozy parle anglais (enfin essaye..
Cargado por benjoudu


Agradecimentos ao Marquinho pelo link!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Para descontrair...



Agradecimentos à Moniquinha pelo link... Espero que vcs se divirtam tanto quanto eu!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Qual é a sua definiçao de paraíso?




Sábado fui para Figueres, cidade natal do Dalí onde fica o museu que ele mesmo construiu para parte de suas obras, em vida. O lugar é um antigo teatro, espaço conveniente já que ele definia sua arte como teatral. Cheio de doiderinhas curiosas e bastante interativo, explora muitas técnicas e matérias-primas. Ao lado, por exemplo, tem um museu das jóias feitas por ele, tb incrível.

Uma das coisas que me chamou a atençao foi uma instalaçao que ele batizou de paraíso: um buraco numa parede pelo qual vc espia uma cama posta no meio de uma paisagem verde, bucólica, um pouco mística. Para desafiar a interpretaçao do espectador, outros elementos como uma pia presa no teto e alguma coisa que parece um pedaço de gente em cima da cama tb compunham a piraçao do moço.
Tirei a foto e fiquei pensando: qual é a minha definiçao de paraíso? O senso comum define paraíso como um lugar físico, já existente, no qual vc é aceito (ou nao) depois de morrer para passar a eternidade feliz, pleno, em paz e equilíbio. Perguntei por aí e a maioria das pessoas responde de fato um lugar e muitas vezes um lugar real, como se fosse a mesma coisa que escolher as próximas férias: resorts, praias, sol, diversao. Resposta esperada para quem responde assim, de sopetao.

Existe um lugar único com elementos suficientes para eu passar a eternidade feliz, em paz, plena? Ou eu bodiaria no medio prazo se nao houvesse mudança, dinamismo? Por transpor o conceito de paraíso para o de felicidade, acabei entrando em um cliche tradiça para responder essa pergunta: paraíso é justamente a noçao de possibilidades nao exploradas combinada com a sensaçao de movimento em direçao à uma posiçao de maior satisfaçao se comparado a D-1. E nao fiquei nada satisfeita com a minha resposta, muito blá blá.
Se vcs tivessem que escolher ou criar um lugar para chamar de paraíso, como ele seria?






terça-feira, 22 de janeiro de 2008

sábado, 12 de janeiro de 2008

Classes sociais refletidas em verbos!

Imaginem que no Brasil, num dia qualquer, a reunião tá atrasada. Você é mais um consultor. O seu gerente (o bãmbãmbãm) do lado de fora está perguntando quem já chegou e quem está atrasado. Você responde:
O diretor (o bãmbãmbãmbãm!) está na sala!
Eu estou na sala!
O outro consultor está na sala!
Enfim, todos estão! Olha que beleza, a universalidade do verbo!

Ocorre que no japonês que não é lá o idioma mais fácil do mundo de aprender - kanjis que o digam - não funciona bem assim. E eu tenho derrapado bonito na comunicação por aqui de vez em quando exatamente por causa das frases ali em cima!

A origem dos meus deslizes está em um pequeno, mas importante, detalhe do idioma japonês cuja origem deve remontar à época em que as classes sociais eram bem definidas no Japão feudal. Samurais é samurai, campones é campones e xogun é xogun. Ah, e mulher é mulher.

Por conta disso, o diálogo lá em cima aqui no Japão ficaria assim (Vou traduzir só o verbo, em nome da didática!):
O seu gerente japa (o bãmbãmbãm!)do lado de fora está perguntando quem já chegou e quem está atrasado. Você responde:
O diretor (o bãmbãmbãmbãm!) irashaimasu na sala!
Eu orimasu na sala!
O outro consultor imasu na sala!

Um único verbo se traduz de três maneiras diferentes dependendo do nível hierárquico do sujeito da frase!!!
O diretor é mais importante que você e que seu gerente, vide a quantidade de "bãns". Logo o verbo "estar" dele tem que ser diferente. Ele irashaimasu.
Já você falando com seu gerente precisa se rebaixar, pois tem menos "bãns" que ele. Logo você orimasu.
O outro consultor que é só mais um explorado do mundo corporativo e tem tantos bãns quanto você, ou seja, nenhum, não está nem em cima nem embaixo de você. Portanto, ele imasu.

Ficou fácíl né?? E embora os japoneses jovens estejam aos poucos - bem aos poucos mesmo - deixando de usar essa diferenciação se você errar o verbo da pessoa vai ser uma gafe meio feia!!

E pra completar, a regra vale pra pelo menos mais 2 ou 3 dezenas de verbos!! Só tetraedro de laca pra ser metáfora fidedigna de uma sociedade tão formalista né?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Cuban style

Caso você esteja pensando em ir à Cuba e aquela velha dúvida surgir na sua cabeça ("Oh, meu deus, não quero parecer uma gringa(o)") eis um guia completo de como ter um verdadeiro estilo cubano.

Cuban style

1 - Use Lycra!
Roupas coladas ao corpo estão na moda. Blusas, saias, shorts e calças justíssmos para mulheres. E camisas justéééésimas para homens. Você sabe que atingiu o verdadeiro look cubano quando as pessoas se perguntarem "mas como é que aquela pessoa conseguiu entrar naquela roupa??"

2 - Quanto mais estiver à vista, melhor!
Transaparências, decotes, blusas de tela (para mulheres e para homens), e saia que termina quando termina a bunda.

3 - Cores vibrantes
Néon e cítricos são as cores de 2007/2008. Tenha em mente um revival dos anos 80 na escolha das cores.

4 - Combine estampas
Short xadrez com camisa listrada, pode? SIMMM! Calça com estampa floral e top com poás está na moda? SIMMMMM. A palavra de ordem é misturar.

5 - Aprenda o que é Reggaeton
De preferência ouça reggaeton das 7:30 da manhã às 2:00 da manhã em um volume alto o suficiente para todos seus vizinhos apreciarem seu bom gosto musical.

6 - Beba rum puro.
Esqueça os deliciosos mojitos, feitos para os turistas, e invista em doses generosas de rum puro añejo. Sua meta é beber ao menos uma garrafa de rum puro por noite.

7 - Invista em objetos de decoração kitsch
Golfinhos, quadros que se mexem, mini-fontes com luzes, cortinas com rendas, laços de cetim rosa. Tranforme sua casa em um templo kitsch com os poucos pesos convertibles que sua família te mandou da Itália (ou Miami).

Mas, falando sério, Cuba é fantástico!!!! Uma pena que ela vai virar um Miami brega assim que o FIdel morrer...

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008